"Devemos ver o brilho do astro e não a escuridão que o rodeia"
(Por que Deus criou as estrelas?)
A
data histórica hoje celebrada é um tradição antiquíssima que nos lembra o
nascimento do maior ser humano da história, Jesus de Nazaré. Sei que não é
hábito que se narre nenhum nascimento num estábulo e com a presença de reis,
mas temos inúmeros nascimentos que acontecem ainda hoje em locais precários ou
ainda com presenças inesperadas e até mesmo ilustres. Por isso, quero hoje
escrever sobre a importância do receber uma nova figura, alguém que possa
ressignificar a história e mudar as pessoas. O título que escolhi, deixa claro
que quero falar do grande nascimento da história como um nascimento que tem a
mesma marca de todos, ou seja, que de tão humano se torna divino –
parafraseando a famosa frase boffiana.
Jesus nasceu da mesma forma que
todos nós, sem nenhuma diferença ou privilégio. Creio que Ele deve ter sofrido
a dor das lágrimas ao ser expulso da proteção e aconchego do útero, necessitado
das limpezas e preparação da parteira, festejado a acolhida e amparo paterno e
materno e clamado pelo calor das mantas que nos protegem do frio do mundo. Por
isso seu nascimento é um nascimento que se torna simples e como o de todos
humano. Não podemos pensar em seu nascimento como um fato extraordinário ou
como algo que foge a alçada da capacidade humana de existir e experimentar.
Talvez, esteja se perguntando: “Por
que então celebrar um nascimento comum? Só porque Ele era o Filho de Deus?”
Diante desta pergunta, eu poderia inquietar o questionador: “Por que não
celebrar um nascimento comum?”
Este Jesus que nasceu sonhava com
isto. Seu objetivo era tornar a vida humana um fato marcante e importante e não
uma ocorrência matemática que se soma as outras inúmeras. Jesus ensinou-nos a
observar a vida como um presente e uma dádiva. Por isso, seu nascimento se
tornou o nascimento dos nascimentos, pois seu significado especial não foi dado
por outros, mas por Ele mesmo. É hora de lembrarmos que o milagre da vida é um
fato que ultrapassa nossa simples percepção e torna-se o início da maravilhosa
história humana.
Nascer é tornar a vida um caminho
que se fará junto aos outros, com a presença da amizade, do amor, das alegrias,
mas também com as tristezas, decepções e sofrimentos. Nascer, depois de Jesus,
é experimentar a oportunidade de sermos felizes aqui e, mesmo diante do
sofrimento, não deixar que a história humana se torne um fardo ou um peso.
Nascer é antes de tudo celebrar nossa existência e fazer dela um dos maiores bens
que a humanidade tem. Por isso, o Nascer, a partir de Jesus, não é mais um fato
que todos passamos, mas antes um Natal que todos podemos viver.
Para não terminar, mas provocar
quero dizer que celebrar o nascimento de Jesus é celebrar o início de uma nova
história, onde a vida humana acontece de forma humana e por ser humana é digna
de significado e importância. Jesus não se tornou o maior homem da história com
seu nascimento, mas antes por sua vida e morte. Sendo assim e seguindo seu
exemplo, vamos fazer de nossa história uma estrela cintilante digna para o nosso nascimento?
JACKSON DE SOUSA BRAGA
Pensando na Estrela-Guia
25 de
dezembro de 2013
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